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[domingo, 6 de julho de 2008] * Aos 27 meses essa criaturinha me leva ao extremo... ao extremo do amor e da raiva em fração de segundos... é bem isso... costumo dizer que essa ferinha conhecida por "Maurinho", se não me matar de amor... vai me matar de ódio... mas é certo que me mata um dia... quando digo "matar", não é naquele sentido em que ficamos a sete palmos abaixo do chão... o "morrer de amor" ou "morrer de ódio" por um filho, é chegar ao ápice de um desses sentimentos... à ponto de não sentir mais o ar circular... as veias pulsarem... o coração bater... se morre de amor por um filho... quando distraída se escuta em outro cômodo da casa um barulho estrondoso... como se todo céu caísse próximo a você e atrás deste estrondo ensurdecedor, se escuta o choro de um filho... Foi como Maurinho me fez sentir poucos dias atrás... como se estivesse morrendo de amor... me pergunto as vezes por que toda inocência infantil não faz com que as crianças reconheçam o perigo antes de serem vítimas deles... mas é assim que se aprende a conhecer o perigo... justamente depois que se torna uma vítima dele... Não sei o que o pequeno quis explorar... sei que quando o pai chegou para acudí-lo, encontrou e menino embaixo do rack onde fica a TV em que ele assiste seus programas favoritos... veio tudo abaixo em cima da criança tão pequena... o rack, a TV, o dvd, o vídeo cassete, as fitas de VHS... a tentativa de explorar algo novo, seja lá o que for, rendeu ao meu menino um belo galo na cabeça... um roxinha na perna e uma orelhinha bem inchada... meia hora depois do susto, o menino já não mais chorava... me assistia, ainda sem sentir o ar entrar, ainda sem sentir as veias pulsarem e acreditando nem haver mais coração à bater... que susto!!! Dia desses ele me mata mesmo de amor... Mas não é só o ápice do amor que meu filho me faz alcançar... desde que nasceu não entendo seu comportamento hostil, nervoso, implicante... é o tipo de criança que sempre gostou de chamar atenção de forma negativa... e eu, de fato, não consigo entender por que... um dia depois de quase me matar de amor... Maurinho teve outra de suas crises nervosas... se há motivo aparente, nunca consegui observar, apesar de prestar muita atenção em cada causa de seus sentimentos... o que sei é que quando ele tem essas crises, se comporta de tal forma que penso estar criando em casa uma miniatura de monstro... daqueles de histórias infantis que sempre querem comer a princesinha... matar o príncipe e devastar todo o reino... nessas crises, Maurinho grita ensurdecedoramente no meu ouvido... bate no cachorro, bate a própria cabeça no chão ou na parede, joga as coisas da casa pelo chão e tem vários outros comportamentos que me deixam verdadeiramente enraivecida... entristecida... e sem demagogia nenhuma, chego muitas vezes à odiá-lo por isso... por mais que eu tente acalmá-lo, sua fúria parece muito maior que qualquer sentimento bom que exista dentro dele... na verdade acho que todos os sentimentos bons que ele guarda somem quando ele entra nessas crises esquisitas... não sei se são fatores externos que provocam essa fúria em meu filho... não sei se isso é parte da personalidade dele (e se for que Deus me ajude, porque não sei como evitar que se torne um sociopata ou coisa do tipo)... sei que aos 27 meses... dentre tantas histórias que temos desde sua concepção, minha maternidade em relação ao Maurinho já previu vários finais... vários desfechos... rabisco sempre o fim da história no meu coração, porque não sei de fato como ela termina... se é que termina enfim... em minha história com meu filho... oras morro de ódio... oras morro de amor... mas é certo nas linhas finais desse enredo... de uma forma ou de outra, é sempre no ápice dos meus sentimentos, que me vejo morrendo por meu filho... Aprendi recentemente uma tradição africana que gostaria muito de compartilhar com minhas amigas mães, mas infelizmente ainda não é possível, pois não sei como colocar arquivo em ppt no blog (acho que nem é possível)... se alguém souber alguma maneira de converter pra vídeo eu agradeço!!! Em homenagem aos 27 meses da minha criança, deixo o vídeo de sua música... abraçando-o em todos os momentos em que vivemos até agora... seja quando me provoca o ápice do ódio, ou quando me provoca o ápice do amor... essa é a canção do meu filho!!! * ![]() |